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Ministro das Cidades anuncia “Cheque Reforma” para habitação social

Presidente do CAU/BR comenta que programa não pode dispensar assistência técnica de profissionais especializados

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Ministro das Cidades Bruno Araújo (à esquerda). Ao seu lado, o governador de Goiás Marconi Perillo

 

O governo federal vai lançar um programa para subsidiar a compra de materiais de construção pela população de baixa renda. O anúncio foi feito pelo ministro das Cidades, Bruno Araújo, no encerramento do 63º Fórum Nacional de Habitação de Interesse Social, realizado em Goiânia.
A ideia é replicar em todo o Brasil o modelo criado pelo Governo de Goiás, que já atendeu 167.000 famílias com o programa Cheque Mais Moradia. Pelo programa, os beneficiários recebem créditos em lojas de construção para a compra de materiais. O custo desses materiais é depois abatido no ICMS da loja.
Segundo a secretária da Fazenda de Goiás, Ana Carla Abrão, uma das vantagens desse modelo é que ele não depende de recursos orçamentários, uma vez que seu custo já é diretamente abatido do impostos devidos pelas empresas que vendem os produtos.
O presidente do CAU/BR comenta que a proposta deve ser melhor discutida com a sociedade, de modo a dispor de mecanismos que garantam a participação de responsáveis técnicos nessas obras. “Toda construção e reforma deve ser projetada e acompanhada por arquiteto e urbanista e/ou engenheiro, de acordo com a legislação vigente. Um programa desse porte precisa, antes de tudo, garantir assistência técnica que certifique a segurança dessas construções e de seus entornos”, afirma Haroldo Pinheiro. “Não há dúvida sobre a necessidade de programas habitacionais, porém também é preciso planejar a construção da cidade como um todo, não apenas esses equipamentos isolados”.
No Brasil, 85% das reformas e construção são feitas sem auxílio técnico de arquitetos e engenheiros, conforme revelou pesquisa nacional feita pelo CAU/BR e pelo Instituto Datafolha. A mesma pesquisa também revelou que as pessoas que constroem apenas com pedreiros tiveram experiências ruins, com aumento de custos, atraso e desperdício de materiais. Saiba mais aqui.
Durante o Fórum, o ministro é necessário agrupar outros atores do planejamento urbano às ações do Ministério das Cidades. “Nós temos espaço de saneamento, habitação, mobilidade, prevenção, mas ao ministério das Cidades falta o espaço fundamental de desenvolvimento urbano, do Estatuto das Metrópoles, do urbanismo e dos arquitetos que possam, de forma transversal, ajudar a planejar todos os esses setores ao que a sociedade brasileira espera do ministério”, ressaltou.

 

Com relação ao Minha Casa, Minha Vida o ministro das Cidades frisou que o programa é prioridade em sua gestão e terá um cronograma para entregar as mais de 100 mil unidades habitacionais que não foram iniciadas ou estão paralisadas.

 

Publicado em 10/06/2016

Fonte: CAU/BR

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