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Desempenho termoenergético: sustentabilidade e eficiência como resultados

 

Aquecimento global, aumento da temperatura nos grandes centros urbanos, danos à camada de ozônio. Temáticas recorrentes em debates sobre a situação climática do planeta. Mas o quanto está se fazendo para mudar esta situação? Uma pesquisa realizada em 2014 na Universidade de Michigan aponta que, até 2100, o Brasil terá potencial para superar o número de residências com ar condicionado dos Estados Unidos, que tinha, no ano do estudo, 87% das casas equipadas com pelo menos um equipamento. Este cenário, é claro, se formou como consequência das mudanças climáticas, mas de que forma a tecnologia e a arquitetura sustentável podem contribuir para reverter – ou pelo menos reduzir – os danos causados ao meio ambiente?

 

O entendimento de tecnologias que proporcionem um bom desempenho termoenergético é essencial para contribuir com um planeta mais sustentável. Conforme Eduardo Grala, professor de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Pelotas e consultor em simulação de desempenho termoenergético, um dos objetivos dos estudos de desempenho termoenergético é utilizar normas de desempenho e tecnologias que propiciem mais tempo durante o ano de temperaturas confortáveis, dispensando a necessidade de aparelhos de ar-condicionado. “Alguns estudos desenvolvidos apontam que um edifício eficiente energeticamente pode ter um consumo de energia em torno de 50% menor em comparação a uma edificação pouco eficiente. Nas últimas pesquisas que estamos desenvolvendo no Laboratório de Conforto e Eficiência Energética da UFPel, por exemplo, já chegamos a um valor de economia superior a 50% em alguns casos”, destaca Grala.

 

Em 2013, a Norma de Desempenho da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) fez a cadeia da construção civil repensar sobre as exigências de qualificações técnicas no uso de materiais e tecnologias usados nas obras, prezando por um resultado final que dê mais conforto às pessoas em termos de acústica, temperatura e resistência das estruturas. Apesar de ser um avanço a se comemorar, por ser a primeira norma brasileira a beneficiar o consumidor na construção de imóveis, Eduardo Grala ressalta que a norma ainda pode ser aprimorada para promover mais conforto e sustentabilidade. “Recentemente, fizemos um estudo do desempenho termoenergético de uma edificação por simulação computacional, utilizando um caso base onde atendemos à NBR 15575 do ponto de vista térmico, comparando com uma edificação atendendo às prescrições da certificação alemã Passive House. Nosso edifício base teve um nível de conforto térmico, ao longo do ano, de 30%, ou seja, em 30% das horas do ano não precisaria acionar um sistema de ar-condicionado. O edifício, atendendo à certificação alemã, apresentou 94% das horas do ano em conforto térmico”, relata o arquiteto.

 

O arquiteto e urbanista ministra um curso sobre desempenho termoenergético em edificações nos dias 19 e 20 de abril, no Hotel Curi Palace em Pelotas. Informações e inscrições: eduardogralacunha@yahoo.com.br.

 

Fonte: CAU/RS

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