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Empreendedorismo: Mercado de Reformas é grande oportunidade para arquitetos e urbanistas

CAU/BR visitou iniciativas de Arquitetura e Urbanismo voltadas à habiação social em São Paulo

Banheiro reformado pela Vivenda

 

O Brasil possui uma grande demanda por reformas em moradias. Trata-se de um mercado de R$ 32 bilhões, segundo pesquisa do Instituto DataPopular. Cerca de 11 milhões de moradias no país precisam de reformas, segundo estudo realizado em 2008 pela fundação João Pinheiro. Nas classes D e E, 82% das pessoas manifestaram vontade de realizar reformas em seu imóvel. Em todo o Brasil, grupos de arquitetos e urbanistas têm se dedicado a esse mercado, com bons resultados.

 

Para entender melhor esse mercado, a Comissão de Política Profissional do CAU/BR foi a São Paulo conhecer quatro iniciativas voltadas a habitação social: Projeto Vivenda, Inova Urbis, Habitat para Humanidade e Moradigna. “Acreditamos que é nosso papel abrir horizontes de oportunidades para os arquitetos e urbanistas”, afirma o coordenador da CPP, conselheiro Sanderland Ribeiro (PI).

 

O programa Vivenda, liderado pelo arquiteto Fernando Assad, por exemplo, é uma empresa start-up que vende serviços de Arquitetura e Urbanismo com preço médio de R$ 5.000 – incluindo aí planejamento, material, mão de obra e até mesmo parcelamento. A empresa existe desde 2014, e já realizou 417 reformas desde então. Ela oferece kits prontos, para sala, quarto, cozinha, banheiro e área de serviço. No escritório localizado Jardim Ibirapuera, periferia de São Paulo, trabalham 15 arquitetos, pedreiros, ajudantes, estagiários e equipe de venda.

 

Conselheiros do CAU/BR em visita ao projeto Inova Urbis

 

ARQUITETOS PERTO DOS CLIENTES
“Nós arquitetos e urbanistas não podemos limitar nossa área de atuação. É preciso ampliar nossa faixa de mercado”, afirma o conselheiro do CAU/BR Wellington Veloso (PA), coordenador-adjunto da CPP. Ele destaca a importância de haver escritórios de Arquitetura e Urbanismo nas áreas mais pobres das cidades. “Quando o escritório está perto, o morador se sente mais seguro, mais acolhido. Os clientes vão aos escritórios de bermudas e chinelos”.

 

A ONG Inova Urbis, por exemplo, inaugurou recentemente um escritório na favela de Paraisópolis, em São Paulo, que foi visitado pelos conselheiros do CAU/BR. Trata-se de uma “Agência Popular de Arquitetura”, que oferece gratuitamente aos moradores plantas baixas, projeto 3D e memorial de materiais. O trabalho dos arquitetos e urbanistas é remunerado por meio de patrocinadores. O projeto começou em 2014, na Favela da Rocinha (RJ), por iniciativa do arquiteto francês Alan Drouet. A Inova Urbis já realizou mais de 300 projetos de reformas nesse modelo.

 

Essas e outras iniciativas de empreendedorismo para arquitetos e urbanistas serão discutidas de forma mais detalhada no dia 5 de maio, durante o Seminário de Empreendedorismo e Novas Tecnologias em Arquitetura e Urbanismo, a ser realizado em São Paulo. Promovido pelo CAU/BR em parceria com a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU/USP), o evento vai reunir diversas experiências de empreendedorismo e debater formas de ampliar o mercado de trabalho para arquitetos e urbanistas.

 

Publicado em 23/03/2017

Fonte: CAU/BR

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